Arroio do Meio - Foi na interação com o grupo de convivência vinculado ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), que a professora aposentada Rita Helena de Souza Lima, 60 anos, encontrou apoio e acolhimento para vencer os desafios da vida. Ela, que se mudou para o município em 2018, começou a participar das atividades em grupos no bairro Bela Vista, onde morou, e depois no Centro, junto ao CRAS.

Entre um ponto e outro, descobriu que a vida pode ser mais alegre se houver momentos de integração e partilha com outras pessoas. “No grupo encontrei o apoio que precisava para vencer a depressão. Ali me encontrei. Naquele tempo que ficamos juntas aprendemos e também vamos conversando, partilhando momentos, e faz muito bem para nós”, avalia, contando que a mãe também participa de um grupo. “Somos só nós duas e participamos de grupos diferentes justamente para termos interação com outras pessoas, o que favorece nosso dia a dia, pois sempre temos algo a contar uma para a outra”.

O relato de Rita traduz o espírito das atividades que reúnem mais de 90 pessoas semanalmente, em encontros realizados nos turnos da manhã e da tarde. Nos grupos, os participantes desenvolvem diferentes atividades manuais, como pintura, crochê, costura, patchwork e cerâmica, que é realizada na Casa do Museu. As oficinas são conduzidas por três oficineiras e incluem também um grupo voltado a pessoas com deficiência (PCDs), reforçando o caráter inclusivo da iniciativa.

Além do aprendizado, os encontros resultam na confecção de itens que enfeitam a cidade em datas comemorativas, como Páscoa e Natal. Mas, acima de tudo, o foco está na interação, na troca de ideias e na valorização do convívio.

A coordenadora do CRAS, Bethânia Katz, destaca que as atividades têm papel importante na saúde e na socialização dos participantes, especialmente neste momento em que muitas famílias seguem em processo de reestruturação após o desastre climático de 2024. “Nós também perdemos muitos instrumentos de trabalho, materiais e até o mobiliário, mas, mesmo diante das dificuldades, conseguimos retomar as oficinas. Esses grupos representam acolhimento, aprendizado e fortalecimento de vínculos, fatores fundamentais para o bem-estar e a autoestima de quem participa”, afirma.

As atividades seguem ao longo do ano, consolidando o CRAS como um espaço de inclusão, aprendizado e convivência. As inscrições para os grupos de convivência ocorrem sempre no início de cada ano, diretamente no CRAS.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Arroio do Meio

Foto: Jaqueline Manica